Você disputaria um amor, lutaria por ele, sem medir consequências? Você, como as personagens da novela "Vida da Gente", disputaria um amor com sua irmã, com sua melhor amiga?
Fotos: Reprodução/TV Globo
Numa história de amor vale qualquer coisa? As mulheres são mesmo competitivas entre si? Como deverá terminar a trama da novela dentro de mais um mês? Quem ganha o troféu, no caso, o marido?

Numa história de amor vale qualquer coisa? As mulheres são mesmo competitivas entre si? Como deverá terminar a trama da novela dentro de mais um mês? Quem ganha o troféu, no caso, o marido?
Pois é, questões como essa estão no dia a dia de milhões de brasileiros que acompanham na telinha histórias que retratam situações muito parecidas com a vida real.
E, nesse, a "vida como ela é" trazem à tona temas que são também importantes para o questionamento dos nossos valores, princípios, do que aceitamos ou não para nossa vida, como no caso do triângulo Ana, Rodrigo e Manuela.
Por direito, talvez a história inicial — Ana e Rodrigo — pudesse talvez vingar. Eram apaixonados, tiveram uma filha - de forma inesperada é verdade - , uma tragédia os separou e, nesse ínterim, aparece Manuela. Rodrigo, dividido, assume a nova relação e, quando tudo, tudo parecia estar equilibrado, retorna à vida, Ana.
Tudo balança, tudo transtorna, tudo transforma. Os dois se reencontram, experimentam uma reaproximação, Manuela sofre, resignada abre caminho e perde seu amor.
A questão: a vida - como ela é, mostra a Rodrigo a outra face de Ana e, aos poucos, esse vai valorizando mais a relação anterior, a que havia aprendido e construído com Manuela...
Enfim, observando toda a trama, a novela parece mesmo uma tragédia grega e das boas! O que vai acontecer leitor? O que você diria a Ana, que acabou de retornar?
Quero crer que o tempo, a distância, a fatalidade, o afastamento tornaram qualquer retomada da relação dela com Rodrigo complexa. E, esse tema, por si só, seria complicado, o bastante, se não fosse pela filha do casal, Júlia, agora uma garotinha. Sem falar do relacionamento que Rodrigo construiu com Ana.
O dia a dia de uma relação é mesmo mais complicado do que o sonho, mais complicado que a realidade. Outra coisa, não é nada difícil, nos apaixonarmos de novo, por aquele que perdemos. Rodrigo viveu isso com ela e está prestes a viver isso com Manuela, com quem construiu uma relação que está além do amor que era plena em cumplicidade, amizade, ternura, afeto.
De fato, tenderia a dizer a Ana que, nesse triângulo, talvez, o espaço dela já não exista. O amor que viveu com Rodrigo, um amor sensual, louco, avassalador, não teve tempo de amadurecer. Não houve aprendizado, não houve tempo para a construção de uma vida a dois...
Talvez, por isso, convidaria Ana a repensar tudo e retomar o amor por si. A retomar a vida, com base no que conquistou de fato, o dom de viver. Depois disso, incluir alguém na sua vida será muito mais possível. E, nesse caminhar, outros amores virão. Cada um a seu tempo. Cada um com seu encanto.
Quanto a Rodrigo e Manuela, diria a Ana, deixe-os. Deixe-os viver a sua história. Júlia, com toda sua simplicidade, irá compreender que só tem a ganhar com tudo isso. Afinal, terá, a partir de então, dois pais e duas mães.
Possível? Vou torcer para que esse seja o fim. Vou torcer para que, muito além da competição entre uma e outra, vença o amor que têm e que, por algum motivo, ficou encoberto por todo esse tempo.
Elas são afinal irmãs, precisam só se redescobrir... Cada uma com suas escolhas. Cada uma com sua beleza.
Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.
Dúvidas sobre relacionamentos? Envie para s2maia@yahoo.com.br que elas poderão ser comentadas aqui no blog
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