quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Argentina implora por ‘morte digna’ da filha de dois anos


Argentina implora por ‘morte digna’ da filha de dois anos

Mãe de Camila quer autorização para desligar aparelhos que mantêm bebê viva
Uma professora argentina vive um drama. Ela quer que deputados do país aprovem projeto de lei que permita “a morte digna” da filha de dois anos de idade. Segundo Selva Herbón, a filha Camila está em estado vegetativo desde que nasceu.

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Durante o parto, ela ficou um tempo sem receber oxigênio e isso pode ter provocado danos cerebrais ao bebê. Em carta a políticos, Herbón afirma que a situação da criança é “irrecuperável e irreversível” e que existe um “vazio legal” na legislação da Argentina que impede a retirada dos aparelhos que a mantém viva. A mãe também diz que quatro especialistas consultados por ela dão parecer favorável a “retirar o suporte vital” de Camila.

Em entrevista à BBC Brasil, Selva contou que o marido e a outra filha, de 8 anos, não visitam mais a menina porque não suportam vê-la crescendo sem sentir nada. “Na minha concepção de mãe, ela não tem vida digna. Camila não vê, não escuta, não chora, não sorri. Eu e meu marido não queremos que ela tenha uma vida mantida de modo artificial”, disse. “Outros pais podem preferir ter um filho nestas condições para poder acariciá-lo todos os dias, mas não é o que entendo como vida para minha filha”, acrescentou.

O apelo da professora foi destaque nos principais jornais da Argentina e gerou manifestações de especialistas pró e contra o pedido da mãe.

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